UOPECCAN
Entre os batons, pó, blush, rímel e paletas de sombras e dentre outros produtos de maquiagem, tem uma mulher cheia de garra e força de vontade lutando contra o câncer de mama. Elisangela Granzotto, de 41 anos, é uma delas, ela realiza o tratamento na Uopeccan de Umuarama desde setembro do ano passado. Segundo ela, no momento que recebeu o diagnóstico da doença veio junto a insegurança e o medo, de não conseguir dar a volta por cima. “O processo de adaptação com as novas mudanças causadas pelas sessões de quimioterapia foi um choque para mim. Eu sempre cuidei muito do meu cabelo, só cortava as pontas dele, de repente tudo mudou e me vi careca. Nesse momento decidi aceitar e transformar toda dor e sofrimento em força”, relembra o início do tratamento, Elisangela.
Para ela que é maquiadora há 14 anos, a profissão tem sido uma forte aliada para elevar a sua própria autoestima. “A maquiagem tem o poder de devolver alegria, confiança e inclusão social, especialmente em momentos delicados como nos tratamentos oncológicos”. Diante dessa batalha, Elisangela destaca que a doença trouxe lições que fez ela enxergar o mundo com outros olhos. “O câncer me ensinou a valorizar mais a vida, aprendi que a vida é muito além dos cabelos, nesse momento o que realmente importa é a minha saúde física e mental”.
Os efeitos colaterais que surgem durante o tratamento do câncer, são diversos entre eles, aumento ou perda de peso, queda de cabelo, manchas pelo corpo, cicatrizes, mudanças físicas/corporais, que acabam afetando emocionalmente o paciente, gerando muitas incertezas. “Muitos desses medos e demais sentimentos podem ser amenizados com a devida informação, ter ciência de todos os efeitos que o tratamento pode causar, medicações que podem amenizar, retardar ou até mesmo impedir certos efeitos, podem ajudar o paciente neste processo”, orienta a psicóloga, Aline da Silva Freire.
O acompanhamento do psicólogo e a equipe multidisciplinar, bem como a inserção e encaminhamento dos pacientes a projetos e grupos de apoio, podem auxiliá-los na busca por autoconhecimento e a elaborar melhor esse momento peculiar de suas vidas, como explica à psicóloga, Aline. “Quanto antes o processo de autoaceitação acontece, maior é a adesão ao tratamento, a tolerância e o autocuidado se manifestam em pequenos gestos, e consequentemente a impactos visíveis na autoestima e qualidade de vida do paciente”.